Publicado em 17 de setembro de 2025
Money Times

Herança planejada: o que especialistas recomendam para proteger o patrimônio

A falta de planejamento sucessório pode custar caro: especialistas estimam que herdeiros podem perder de 10% a 20% do patrimônio quando a sucessão é feita de forma desorganizada.

Os números variam conforme o consultor:

Os principais custos envolvem o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), que varia de 4% a 8% conforme o Estado, além de honorários advocatícios, taxas cartoriais e despesas judiciais. Um planejamento eficiente ajuda a reduzir tributos e preservar a riqueza para gerações futuras.

 

Estratégias para reduzir impostos

Entre as ferramentas mais recomendadas estão:

Esses recursos não passam pelo inventário, garantindo liquidez imediata aos herdeiros. “O seguro de vida permite que a família receba a indenização sem enfrentar o processo lento do inventário e os custos com impostos”, explica Rosini. Jonas Carneiro reforça que essas estratégias são essenciais para eficiência tributária.

 

Planejar em vida

Maria Paula Molinar, advogada do Candido Martins Cukier, recomenda transferir parte do patrimônio ainda em vida. Assim, o titular paga parte dos impostos e alivia a carga sobre os herdeiros.

Por lei, 50% do patrimônio vai obrigatoriamente aos herdeiros necessários (filhos, cônjuges ou pais, se vivos), e os outros 50% têm destinação livre. Molinar explica: “Alguns clientes destinam a parte livre diretamente aos filhos, evitando pagar o ITCMD duas vezes: no falecimento do titular e do cônjuge”.

Fernandes observa que o planejamento sucessório também é uma oportunidade de negócios. Novas gerações estão mais abertas à inovação e diversificação de investimentos, mas demonstram menor lealdade aos consultores, exigindo adaptação das gestoras.

Jonas Carneiro acrescenta que, para famílias com R$ 10 milhões ou mais, a estruturação do planejamento já é essencial.

 

Novas gerações e a maior transferência de riqueza da história

O estudo Navigating the Future of Wealth 2024, da Multipolitan, projeta que as gerações Y e Z herdarão US$ 84 trilhões até 2045, marcando a maior transferência de riqueza intergeracional da história.

Fernandes alerta: muitos herdeiros no Brasil ainda não estão preparados para gerir esses recursos, agravado pelo fato de casais terem filhos mais tarde.

Molinar acrescenta que muitos preferem terceirizar a administração, mantendo controle financeiro, enquanto Finelli, com 28 anos de experiência, nota diferenças regionais: famílias do interior mantêm os negócios no grupo familiar; herdeiros das grandes cidades buscam caminhos próprios, mas não abrem mão da riqueza herdada.

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